15 maio 2011

IV DOMINGO DA PÁSCOA


Evangelho segundo S. João 10,1-10.

«Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outro lado, é um ladrão e salteador.
Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
A esse o porteiro abre-a e as ovelhas escutam a sua voz. E ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair.
Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas seguem-no, porque reconhecem a sua voz.
Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.»
Jesus propôs-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que lhes dizia.
Então, Jesus retomou a palavra: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas.
Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes prestaram atenção.
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagem.
O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.



Seguindo-O encontramos as pastagens...terminamos na PORTA que se abre à VIDA...

08 maio 2011

III DOMINGO DA PÁSCOA

(Emaús-Março 2010)
Evangelho segundo S. Lucas 24,13-35.

Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém;
e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera.
Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho;
os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!»
Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada
e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia.
Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.»
Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?»
E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante.
Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles.
E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho.
Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros,
que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!»
E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.

No partir do pão com os que sofrem e precisam Jesus dá-se a conhecer tão real e verdadeiramente como quando O recebemos na Eucaristia.

E o coração arde...


01 maio 2011

II Domingo de Páscoa(Divina Misericórdia)



(Jerusalém-para o cenáculo-Março 2010)
Evangelho segundo S. João 20,19-31.

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio.
Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.»
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!»
Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.»
Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto».
Muitos outros sinais miraculosos realizou ainda Jesus, na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, acreditando, terdes a vida nele.

Às portas fechadas dos nossos medos só a paz trazida por Jesus poderá fazer frente.

Por isso,para isso ficou connosco, no meio de nós...


24 abril 2011

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO


Evangelho segundo S. João 20,1-9.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava.

Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»
Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo.

Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou.

Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição.

Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.


Nós que recebemos toda a experiência dos Apóstolos dos encontros com o Ressuscitado até à descida do Espírito compreendemos e cremos que Cristo vive e que continua presente nas nossas vidas com as marcas da nossa humanidade.

Com Ele os dias sombrios têm mais sustento no canto dos pássaros,nos lírios do campo,na mãos dadas que não esperávamos.

17 abril 2011

DOMINGO DA PAIXÃO

(Tissot)
Evangelho segundo S. Mateus 26,14-75.27,1-66.

Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes
e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.’»
Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.»
Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?»
Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará.
O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!»
Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» respondeu Jesus.
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei: Isto é o meu corpo.»
Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lho, dizendo: «Bebei dele todos.
Porque este é o meu sangue, sangue da Aliança, que vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados.
Eu vos digo: Não beberei mais deste produto da videira, até ao dia em que beber o vinho novo convosco no Reino de meu Pai.»
Depois de cantarem os salmos, saíram para o Monte das Oliveiras.
Jesus disse-lhes, então: «Nesta mesma noite, todos ficareis perturbados por minha causa, porque está escrito: Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho serão dispersas.
Mas, depois da minha ressurreição, hei-de preceder-vos na Galileia.»
Tomando a palavra, Pedro respondeu-lhe: «Ainda que todos fiquem perturbados por tua causa, eu nunca me perturbarei!»
Jesus retorquiu-lhe: «Em verdade te digo: Esta mesma noite, antes de o galo cantar, vais negar-me três vezes.»
Pedro disse-lhe: «Mesmo que tenha de morrer contigo, não te negarei!» E todos os discípulos afirmaram o mesmo.
Entretanto, Jesus com os seus discípulos chegou a um lugar chamado Getsémani e disse-lhes: «Sentai-vos aqui, enquanto Eu vou além orar.»
E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
Disse-lhes, então: «A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai comigo.»
E, adiantando-se um pouco mais, caiu com a face por terra, orando e dizendo: «Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice. No entanto, não seja como Eu quero, mas como Tu queres.»
Voltando para junto dos discípulos, encontrou-os a dormir e disse a Pedro: «Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo!
Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é débil.»
Afastou-se, pela segunda vez, e foi orar, dizendo: «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-se a tua vontade!»
Depois voltou e encontrou-os novamente a dormir, pois os seus olhos estavam pesados.
Deixou-os e foi orar de novo pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
Reunindo-se finalmente aos discípulos, disse-lhes: «Continuai a dormir e a descansar! Já se aproxima a hora, e o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.
Levantai-vos, vamos! Já se aproxima aquele que me vai entregar.»
Ainda Ele falava, quando apareceu Judas, um dos Doze, e com ele muita gente, com espadas e varapaus, enviada pelos sumos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
O traidor tinha-lhes dado este sinal: «Aquele que eu beijar, é esse mesmo: prendei-o.»
Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: «Salve, Mestre!» E beijou-o.
Jesus respondeu-lhe: «Amigo, a que vieste?» Então, avançaram, deitaram as mãos a Jesus e prenderam-no.
Um dos que estavam com Jesus levou a mão à espada, desembainhou-a e feriu um servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe uma orelha.
Jesus disse-lhe: «Mete a tua espada na bainha, pois todos quantos se servirem da espada morrerão à espada.
Julgas que não posso recorrer a meu Pai? Ele imediatamente me enviaria mais de doze legiões de anjos!
Mas como se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve acontecer?»
Voltando-se, depois, para a multidão, disse: «Viestes prender-me com espadas e varapaus, como se eu fosse um ladrão! Todos os dias estava sentado no templo a ensinar, e não me prendestes.
Mas tudo isto aconteceu, para que se cumprissem as Escrituras dos profetas.» Então, todos os discípulos o abandonaram e fugiram.
Os que tinham prendido Jesus conduziram-no à casa do Sumo Sacerdote Caifás, onde os doutores da Lei e os anciãos do povo se tinham reunido.
Pedro seguiu-o de longe até ao palácio do Sumo Sacerdote. Aproximando-se, entrou e sentou-se entre os servos, para ver o desfecho de tudo aquilo.
Os sumos sacerdotes e todo o Conselho procuravam um depoimento falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte.
Mas não o encontraram, embora se tivessem apresentado muitas testemunhas falsas. Apresentaram-se finalmente duas,
que declararam: «Este homem disse: 'Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias.’»
O Sumo Sacerdote ergueu-se, então, e disse-lhe: «Não respondes nada? Que dizes aos que depõem contra ti?»
Mas Jesus continuava calado. O Sumo Sacerdote disse-lhe: «Intimo-te, pelo Deus vivo, que nos digas se és o Messias, o Filho de Deus.»
Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste. E Eu digo-vos: Vereis um dia o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.»
Então, o Sumo Sacerdote rasgou as vestes, dizendo: «Blasfemou! Que necessidade temos, ainda, de testemunhas? Acabais de ouvir a blasfémia.
Que vos parece?» Eles responderam: «É réu de morte.»
Depois cuspiam-lhe no rosto e batiam-lhe. Outros esbofeteavam-no, dizendo:
«Profetiza, Messias: quem foi que te bateu?»
Entretanto, Pedro estava sentado no pátio. Uma criada aproximou-se dele e disse-lhe: «Tu também estavas com Jesus, o Galileu.»
Mas ele negou diante de todos, dizendo: «Não sei o que dizes.»
Dirigindo-se para a porta, outra criada viu-o e disse aos que ali estavam: «Este também estava com Jesus, o Nazareno.»
Ele negou de novo com juramento: «Não conheço esse homem.»
Um momento depois, aproximaram-se os que ali estavam e disseram a Pedro: «Com certeza tu és dos seus, pois até a tua maneira de falar te denuncia.»
Começou, então, a dizer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem!» No mesmo instante, o galo cantou.
E Pedro lembrou-se das palavras de Jesus: «Antes de o galo cantar, me negarás três vezes.» E, saindo para fora, chorou amargamente.
De manhã cedo, todos os sumos sacerdotes e anciãos do povo se reuniram em conselho contra Jesus, para o matarem.
E, manietando-o, levaram-no ao governador Pilatos.
Então Judas, que o entregara, vendo que Ele tinha sido condenado, foi tocado pelo remorso e devolveu as trinta moedas de prata aos sumos sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
«Pequei, entregando sangue inocente.» Eles replicaram: «Que nos importa? Isso é lá contigo.»
Atirando as moedas para o santuário, ele saiu e foi enforcar-se.
Os sumos sacerdotes, apanhando as moedas, disseram: «Não é lícito lançá-las no tesouro, pois são preço de sangue.»
Depois de terem deliberado, compraram com elas o «Campo do Oleiro», para servir de cemitério aos estrangeiros.
Por tal razão, aquele campo é chamado, até ao dia de hoje, «Campo de Sangue.»
Deste modo, cumpriu-se o que fora dito pelo profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi avaliado aquele que os filhos de Israel avaliaram, e
deram-nas pelo Campo do Oleiro, como o Senhor havia ordenado.»
Jesus foi conduzido à presença do governador, que lhe perguntou: «Tu és o Rei dos Judeus?» Jesus respondeu: «Tu o dizes.»
Mas, ao ser acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos, nada respondeu.
Pilatos disse-lhe, então: «Não ouves tudo o que dizem contra ti?»
Mas Ele não respondeu coisa alguma, de modo que o governador estava muito admirado.
Ora, por ocasião da festa, o governador costumava conceder a liberdade a um prisioneiro, à escolha do povo.
Nessa altura havia um preso afamado, chamado Barrabás.
Pilatos perguntou ao povo, que se encontrava reunido: «Qual quereis que vos solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?»
Ele sabia que o tinham entregado por inveja.
Enquanto estava sentado no tribunal, a mulher mandou-lhe dizer: «Não te intrometas no caso desse justo, porque hoje muito sofri em sonhos por causa dele.»
Mas os sumos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão a pedir Barrabás e exigir a morte de Jesus.
Tomando a palavra, o governador inquiriu: «Qual dos dois quereis que vos solte?» Eles responderam: «Barrabás!»
Pilatos disse-lhes: «Que hei de fazer, então, de Jesus chamado Cristo?» Todos responderam: «Seja crucificado!»
Pilatos insistiu: «Que mal fez Ele?» Mas eles cada vez gritavam mais: «Seja crucificado!»
Pilatos, vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo: «Estou inocente deste sangue. Isso é convosco.»
E todo o povo respondeu: «Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!»
Então, soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois de o mandar flagelar, entregou-o para ser crucificado.
Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e reuniram toda a coorte à volta dele.
Despiram-no e envolveram-no com um manto escarlate.
Tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante dele, escarneciam-no, dizendo: «Salve! Rei dos Judeus!»
E, cuspindo-lhe no rosto, agarravam na cana e batiam-lhe na cabeça.
Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto, vestiram-lhe as suas roupas e levaram-no para ser crucificado.
À saída, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e obrigaram-no a levar a cruz de Jesus.
Quando chegaram a um lugar chamado Gólgota, isto é, «Lugar do Crânio»,
deram-lhe a beber vinho misturado com fel; mas Ele, provando-o, não quis beber.
Depois de o terem crucificado, repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte.
Ficaram ali sentados a guardá-lo.
Por cima da sua cabeça, colocaram um escrito, indicando a causa da sua condenação: «Este é Jesus, o rei dos Judeus.»
Com Ele, foram crucificados dois salteadores: um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam injuriavam-no, meneando a cabeça e
dizendo: «Tu, que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és Filho de Deus, desce da cruz!»
Os sumos sacerdotes com os doutores da Lei e os anciãos também zombavam dele, dizendo:
«Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo! Se é o rei de Israel, desça da cruz, e acreditaremos nele.
Confiou em Deus; Ele que o livre agora, se o ama, pois disse: 'Eu sou Filho de Deus!’»
Até os salteadores, que estavam com Ele crucificados, o insultavam.
Desde o meio-dia até às três horas da tarde, as trevas envolveram toda a terra.
Cerca das três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: Eli, Eli, lemá sabactháni?, isto é: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?
Alguns dos que ali se encontravam, ao ouvi-lo, disseram: «Está a chamar por Elias.»
Um deles correu imediatamente, pegou numa esponja, embebeu a em vinagre e, fixando-a numa cana, dava-lhe de beber.
Mas os outros disseram: «Deixa; vejamos se Elias vem salvá-lo.»
E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.
Então, o véu do templo rasgou-se em dois, de alto a baixo. A terra tremeu e as rochas fenderam-se.
Abriram-se os túmulos e muitos corpos de santos, que estavam mortos, ressuscitaram;
e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram apavorados e disseram: «Este era verdadeiramente o Filho de Deus!»
Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia e o serviram.
Entre elas, estavam Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus.
Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos ordenou que lho entregassem.
José tomou o corpo, envolveu-o num lençol limpo
e depositou-o num túmulo novo, que tinha mandado talhar na rocha. Depois, rolou uma grande pedra contra a porta do túmulo e retirou-se.
Maria de Magdala e a outra Maria estavam ali sentadas, em frente do sepulcro.
No dia seguinte, que era o dia a seguir ao da Preparação, os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram-se com Pilatos
e disseram-lhe: «Senhor, lembrámo-nos de que aquele impostor disse, ainda em vida: 'Três dias depois hei-de ressuscitar.’
Por isso, ordena que o sepulcro seja guardado até ao terceiro dia, não venham os discípulos roubá-lo e dizer ao povo: 'Ressuscitou dos mortos.’ E seria a última impostura pior do que a primeira.»
Pilatos respondeu-lhes: «Tendes guardas. Ide e guardai o como entenderdes.»
E eles foram pôr o sepulcro em segurança, selando a pedra e confiando-o à vigilância dos guardas.

«Eu estou no meio de vós como aquele que serve» [Lc 22,27]


Assim foi a Sua vida até à entrega total.

E no entanto de cima da cruz o que se Lhe depara:os pagãos que troçam,os elementos do seu povo que o desafiam e desacreditam,a deserção dos seus discípulos e apóstolos.

Só as mulheres Lhe ficaram fiéis.

10 abril 2011

V DOMINGO DA QUARESMA

(James Tissot)
Evangelho segundo S. João 11,1-45.

Estava doente um homem chamado Lázaro, de Betânia, terra de Maria e de Marta, sua irmã.
Maria, cujo irmão, Lázaro, tinha caído doente, era aquela que ungiu os pés do Senhor com perfume e lhos enxugou com os seus cabelos.
Então, as irmãs enviaram a Jesus este recado: «Senhor, aquele que amas está doente.»
Ouvindo isto, Jesus disse: «Esta doença não é de morte, mas sim para a glória de Deus, manifestando-se por ela a glória do Filho de Deus.»
Jesus era muito amigo de Marta, da sua irmã e de Lázaro.
Mas, quando recebeu a notícia de que este estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde se encontrava.
Só depois é que disse aos discípulos: «Vamos outra vez para a Judeia.»
Disseram-lhe os discípulos: «Rabi, há pouco os judeus procuravam apedrejar-te, e Tu queres ir outra vez para lá?»
Jesus respondeu: «Não tem doze horas o dia? Se alguém anda de dia, não tropeça, porque tem a luz deste mundo.
Mas, se andar de noite, tropeça, porque não tem a luz com ele.»
Depois de ter pronunciado estas palavras, acrescentou: «O nosso amigo Lázaro está a dormir, mas Eu vou lá acordá-lo.»
Os discípulos disseram então: «Senhor, se ele dorme, vai curar-se!»
Mas Jesus tinha falado da sua morte, ao passo que eles julgavam que falava do sono natural.
Então, Jesus disse-lhes claramente: «Lázaro morreu;
e Eu, por amor de vós, estou contente por não ter estado lá, para assim poderdes crer. Mas vamos ter com ele.»
Tomé, chamado Gémeo, disse aos companheiros: «Vamos nós também, para morrermos com Ele.»
Ao chegar, Jesus encontrou-o sepultado havia quatro dias.
Betânia ficava perto de Jerusalém, a quase uma légua,
e muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para lhes darem os pêsames pelo seu irmão.
Logo que Marta ouviu dizer que Jesus estava a chegar, saiu a recebê-lo, enquanto Maria ficou sentada em casa.
Marta disse, então, a Jesus: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido.
Mas, ainda agora, eu sei que tudo o que pedires a Deus, Ele to concederá.»
Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará.»
Marta respondeu-lhe: «Eu sei que ele há-de ressuscitar na ressurreição do último dia.»
Disse-lhe Jesus: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, mesmo que tenha morrido, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá para sempre. Crês nisto?»
Ela respondeu-lhe: «Sim, ó Senhor; eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que havia de vir ao mundo.»
Dito isto, voltou a casa e foi chamar sua irmã, Maria, dizendo-lhe em voz baixa: «Está cá o Mestre e chama por ti.»
Assim que ela ouviu isto, levantou-se rapidamente e foi ter com Ele.
Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas permanecia no lugar onde Marta lhe viera ao encontro.
Então, os judeus que estavam com Maria, em casa, para lhe darem os pêsames, ao verem-na levantar-se e sair à pressa, seguiram-na, pensando que se dirigia ao túmulo para aí chorar.
Quando Maria chegou ao sítio onde estava Jesus, mal o viu caiu-lhe aos pés e disse-lhe: «Senhor, se Tu cá estivesses, o meu irmão não teria morrido.»
Ao vê-la a chorar e os judeus que a acompanhavam a chorar também, Jesus suspirou profundamente e comoveu-se.
Depois, perguntou: «Onde o pusestes?» Responderam-lhe: «Senhor, vem e verás.»
Então Jesus começou a chorar.
Diziam os judeus: «Vede como era seu amigo!»
Mas alguns deles murmuravam: «Então, este que deu a vista ao cego não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?»
Jesus, suspirando de novo intimamente, foi até ao túmulo. Era uma gruta fechada com uma pedra.
Disse Jesus: «Tirai a pedra.» Marta, a irmã do defunto, disse-lhe: «Senhor, já cheira mal, pois já é o quarto dia.»
Jesus replicou-lhe: «Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?»
Quando tiraram a pedra, Jesus, erguendo os olhos ao céu, disse: «Pai, dou-te graças por me teres atendido.
Eu já sabia que sempre me atendes, mas Eu disse isto por causa da gente que me rodeia, para que venham a crer que Tu me enviaste.»
Dito isto, bradou com voz forte: «Lázaro, vem cá para fora!»
O que estava morto saiu de mãos e pés atados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário. Jesus disse-lhes: «Desligai-o e deixai-o andar.»
Então, muitos dos judeus que tinham vindo a casa de Maria, ao verem o que Jesus fez, creram nele.


*****
Fala-se de Lázaro,o irmão sempre presente e sempre ausente e das suas irmãs,que mostram na sua perda reacções bem diferentes.

Marta corre a encontrar-se com Jesus e faz uma bela profissão de fé ao entender que está perante a própria Ressurreição,a que nos atinge e envolve desde já,e não apenas no último dia como lhe fora transmitida pela sua crença hebraica.


Maria vem ao encontro de Jesus,apenas quando Ele a chama,revelando uma mesma confiança,mas agindo de forma menos vibrante que a sua irmã.


Duas personalidades distintas,o mesmo Amor por aquele Jesus,que se oferecia aos homens,na plenitude da sua humanidade e da sua divindade.

03 abril 2011

IV DOMINGO DA QUARESMA


Evangelho segundo S. João 9,1-41.

Ao passar, Jesus viu um homem cego de nascença.
Os seus discípulos perguntaram-lhe, então: «Rabi, quem foi que pecou para este homem ter nascido cego? Ele, ou os seus pais?»
Jesus respondeu: «Nem pecou ele, nem os seus pais, mas isto aconteceu para nele se manifestarem as obras de Deus.
Temos de realizar as obras daquele que me enviou enquanto é dia. Vem aí a noite, em que ninguém pode actuar.
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.»
Dito isto, cuspiu no chão, fez lama com a saliva, ungiu-lhe os olhos com a lama
e disse-lhe: «Vai, lava-te na piscina de Siloé» que quer dizer Enviado. Ele foi, lavou-se e regressou a ver.
Então, os vizinhos e os que costumavam vê-lo antes a mendigar perguntavam: «Não é este o que estava por aí sentado a pedir esmola?»
Uns diziam: «É ele mesmo!» Outros afirmavam: «De modo nenhum. É outro parecido com ele.» Ele, porém, respondia: «Sou eu mesmo!»
Então, perguntaram-lhe: «Como foi que os teus olhos se abriram?»
Ele respondeu: «Esse homem, que se chama Jesus, fez lama, ungiu-me os olhos e disse-me: 'Vai à piscina de Siloé e lava-te.' Então eu fui, lavei-me e comecei a ver!»
Perguntaram-lhe: «Onde está Ele?» Respondeu: «Não sei.»
Levaram aos fariseus o que fora cego.
O dia em que Jesus tinha feito lama e lhe abrira os olhos era sábado.
Os fariseus perguntaram-lhe, de novo, como tinha começado a ver. Ele respondeu-lhes: «Pôs-me lama nos olhos, lavei-me e fiquei a ver.»
Diziam então alguns dos fariseus: «Esse homem não vem de Deus, pois não guarda o sábado.» Outros, porém, replicavam: «Como pode um homem pecador realizar semelhantes sinais miraculosos?» Havia, pois, divisão entre eles.
Perguntaram, então, novamente ao cego: «E tu que dizes dele, por te ter aberto os olhos?» Ele respondeu: «É um profeta!»
Ora os judeus não acreditaram que aquele homem tivesse sido cego e agora visse, até que chamaram os pais dele.
E perguntaram-lhes: «É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Então como é que agora vê?»
Os pais responderam: «Sabemos que este é o nosso filho e que nasceu cego;
mas não sabemos como é que agora vê, nem quem foi que o pôs a ver. Perguntai-lhe a ele. Já tem idade para falar de si.»
Os pais responderam assim por terem receio dos judeus, pois estes já tinham combinado expulsar da sinagoga quem confessasse que Jesus era o Messias.
Por isso é que os pais disseram: 'Já tem idade, perguntai-lhe a ele'.
Chamaram, então, novamente o que fora cego, e disseram-lhe: «Dá glória a Deus! Quanto a nós, o que sabemos é que esse homem é um pecador!»
Ele, porém, respondeu: «Se é um pecador, não sei. Só sei uma coisa: que eu era cego e agora vejo.»
Eles insistiram: «O que é que Ele te fez? Como é que te pôs a ver?»
Respondeu-lhes: «Eu já vo-lo disse, e não me destes ouvidos. Porque desejais ouvi-lo outra vez? Será que também quereis fazer-vos seus discípulos?»
Então, injuriaram-no dizendo-lhe: «Discípulo dele és tu! Nós somos discípulos de Moisés!
Sabemos que Deus falou a Moisés; mas, quanto a esse, não sabemos donde é!» Replicou-lhes o homem:
«Ora isso é que é de espantar: que vós não saibais donde Ele é, e me tenha dado a vista!
Sabemos que Deus não atende os pecadores, mas se alguém honrar a Deus e cumprir a sua vontade, Ele o atende.
Jamais se ouviu dizer que alguém tenha dado a vista a um cego de nascença.
Se este não viesse de Deus, não teria podido fazer nada.»
Responderam-lhe: «Tu nasceste coberto de pecados e dás-nos lições?» E puseram-no fora.
Jesus ouviu dizer que o tinham expulsado e, quando o encontrou, disse-lhe: «Tu crês no Filho do Homem?»
Ele respondeu: «E quem é, Senhor, para eu crer nele?»
Disse-lhe Jesus: «Já o viste. É aquele que está a falar contigo.»
Então, exclamou: «Eu creio, Senhor!» E prostrou-se diante dele.
Jesus declarou: «Eu vim a este mundo para proceder a um juízo: de modo que os que não vêem vejam, e os que vêem fiquem cegos.»
Alguns fariseus que estavam com Ele ouviram isto e perguntaram-lhe: «Porventura nós também somos cegos?»
Jesus respondeu-lhes: «Se fôsseis cegos, não estaríeis em pecado; mas, como dizeis que vedes, o vosso pecado permanece.»

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"Vai lavar-te....e ele foi"

Em toda a sua simplicidade as palavras do Evangelho revelam a intensidade da solicitude de Jesus para com os que precisam Dele(era dia de sábado) e a absoluta confiança do homem, na sua pronta obediência.

27 março 2011

III DOMINGO DA QUARESMA


(fonte do claustro-mosteiro da Batalha-Portugal)
Evangelho segundo S. João 4,5-42.

Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacob tinha dado ao seu filho José. Ficava ali o poço de Jacob.
Então Jesus, cansado da caminhada, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia.
Entretanto, chegou certa mulher samaritana para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-me de beber.»
Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.
Disse-lhe então a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou samaritana?» É que os judeus não se dão bem com os samaritanos.
Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: 'dá-me de beber', tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, não tens sequer um balde e o poço é fundo...
Onde consegues, então, a água viva? Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob, que nos deu este poço donde beberam ele, os seus filhos e os seus rebanhos?»
Replicou-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede;
mas, quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la.»
Respondeu-lhe Jesus: «Vai, chama o teu marido e volta cá.»
A mulher retorquiu-lhe: «Eu não tenho marido.» Declarou-lhe Jesus: «Disseste bem: 'não tenho marido',
pois tiveste cinco e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste verdade.»
Disse-lhe a mulher: «Senhor, vejo que és um profeta!
Os nossos antepassados adoraram a Deus neste monte, e vós dizeis que o lugar onde se deve adorar está em Jerusalém.»
Jesus declarou-lhe: «Mulher, acredita em mim: chegou a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, haveis de adorar o Pai.
Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
Mas chega a hora e é já em que os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são assim os adoradores que o Pai pretende.
Deus é espírito; por isso, os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade.»
Disse-lhe a mulher: «Eu sei que o Messias, que é chamado Cristo, está para vir. Quando vier, há-de fazer-nos saber todas as coisas.»
Jesus respondeu-lhe: «Sou Eu, que estou a falar contigo.»
Nisto chegaram os seus discípulos e ficaram admirados de Ele estar a falar com uma mulher. Mas nenhum perguntou: 'Que procuras?', ou: 'De que estás a falar com ela?'
Então a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àquela gente:
«Eia! Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?»
Eles saíram da cidade e foram ter com Jesus.
Entretanto, os discípulos insistiam com Ele, dizendo: «Rabi, come.»
Mas Ele disse-lhes: «Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis.»
Então os discípulos começaram a dizer entre si: «Será que alguém lhe trouxe de comer?»
Declarou-lhes Jesus: «O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra.
Não dizeis vós: 'Mais quatro meses e vem a ceifa'? Pois Eu digo-vos: Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa.
Já o ceifeiro recebe o seu salário e recolhe o fruto em ordem à vida eterna, de modo que se alegram ao mesmo tempo aquele que semeia e o que ceifa.
Nisto, porém, é verdadeiro o ditado: 'um é o que semeia e outro o que ceifa'.
Porque Eu enviei-vos a ceifar o que não trabalhastes; outros se cansaram a trabalhar, e vós ficastes com o proveito da sua fadiga.»
Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram nele devido às palavras da mulher, que testemunhava: «Ele disse-me tudo o que eu fiz.»
Por isso, quando os samaritanos foram ter com Jesus, começaram a pedir-lhe que ficasse com eles.
E ficou lá dois dias. Então muitos mais acreditaram nele por causa da sua pregação, e diziam à mulher:
«Já não é pelas tuas palavras que acreditamos; nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é verdadeiramente o Salvador do mundo.»

A mulher da Samaria,terreno fértil e aberto à PALAVRA,permitiu um dos mais belos e reveladores diálogos de Cristo.

Jesus mostrou como chegar ao coração do diferente,do estrangeiro,até do inimigo,que abdique dos preconceitos e revolvê-lo do avesso para que se liberte.

20 março 2011

II DOMINGO DA QUARESMA

(O céu sobre o monte Tabor - Israel)
Evangelho segundo S. Mateus 17,1-9.

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João, e levou-os, só a eles, a um alto monte.
Transfigurou-se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o Sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
Nisto, apareceram Moisés e Elias a conversar com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.»
Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra, e uma voz dizia da nuvem: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.»
Ao ouvirem isto, os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados.
Aproximando-se deles, Jesus tocou-lhes, dizendo: «Levantai-vos e não tenhais medo.»
Erguendo os olhos, os discípulos apenas viram Jesus e mais ninguém.
Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes: «Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.»

A irrupção de toda a Beleza do Senhor numa tal atmosfera de doçura e bem estar que Pedro queria prolongar oferecendo-se para erguer tendas para Jesus e os Seus companheiros,sem mesmo pensar nele ou em Tiago ou João,crendo poder permanecer no que era sinal da Glória de Deus,mas que ainda estava muito longe de alcançar.


A voz do Pai fê-los despertar do seu encantamento e tiveram medo.


Apenas o toque de Jesus lhes deu ânimo para voltarem à vida e às agruras, que os esperavam lá em baixo.



13 março 2011

I DOMINGO DA QUARESMA


Evangelho segundo S. Mateus 4,1-11.

Então, o Espírito conduziu Jesus ao deserto, a fim de ser tentado pelo diabo. Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães.» Respondeu-lhe Jesus: «Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.» Então, o diabo conduziu o à cidade santa e, colocando o sobre o pináculo do templo, disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Dará a teu respeito ordens aos seus anjos; eles suster-te-ão nas suas mãos para que os teus pés não se firam nalguma pedra.» Disse-lhe Jesus: «Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!» Em seguida, o diabo conduziu-o a um monte muito alto e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo com a sua glória, disse-lhe: «Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.» Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, pois está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.» Então, o diabo deixou-o e chegaram os anjos e serviram-no.

A tentação tão comum de todos os tempos:a tentação demonstrativa:se és...demonstra-o....com coisas inúteis,arriscadas,perigosas,demolidoras para si e para os outros,mas a que muitos poucos resistem...

06 março 2011

IX DOMINGO COMUM

(Monsanto-Portugal)
Evangelho (Mt 7,21-27):
«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: «Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?’. Então, eu lhes declararei: ‘Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade’.

»Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!».


Se Cristo for a pedra angular a nossa casa é forte e resiste às tempestades.

27 fevereiro 2011

VIII DOMINGO DO TEMPO COMUM


Evangelho segundo S. Mateus 6,24-34. Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.» «Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido? Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as. Não valeis vós mais do que elas? Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? Porque vos preocupais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam! Pois Eu vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos preocupeis, dizendo: 'Que comeremos, que beberemos, ou que vestiremos?’ Os pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vosso Pai celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema.»

Se a volúpia da posse,a idolatria do dinheiro se apoderam do ser humano a beleza dos lírios do campo, que cada um carrega em si, acaba destruída em obscuros mecanismos de decomposição do seu espírito.

20 fevereiro 2011

VII DOMINGO DO TEMPO COMUM


Evangelho segundo S. Mateus 5,38-48.

«Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, digo-vos: Não oponhais resistência ao mau. Mas, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a outra. Se alguém quiser litigar contigo para te tirar a túnica, dá-lhe também a capa. E se alguém te obrigar a acompanhá-lo durante uma milha, caminha com ele duas. Dá-a quem te pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.» «Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores. Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos? E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos? Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»

Deus ,Deus mesmo nos introduz na Sua identidade...Ele é AMOR.(I João,4-16)Daquele que se dá sem limites.

13 fevereiro 2011

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

(Abadia cistercience de Alcobaça - Portugal)
Evangelho segundo S. Mateus 5,17-37.

«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu. Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.» «Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar 'imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem lhe chamar 'louco’ será réu da Geena do fogo. Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta. Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.» «Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração. Portanto, se a tua vista direita for para ti origem de pecado, arranca-a e lança-a fora, pois é melhor perder-se um dos teus órgãos do que todo o teu corpo ser lançado à Geena. E se a tua mão direita for para ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora, porque é melhor perder-se um só dos teus membros do que todo o teu corpo ser lançado à Geena.» «Também foi dito: Aquele que se divorciar da sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu, porém, digo-vos: Aquele que se divorciar da sua mulher excepto em caso de união ilegal expõe-na a adultério, e quem casar com a divorciada comete adultério.» «Do mesmo modo, ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás diante do Senhor os teus juramentos. Eu, porém, digo-vos: Não jureis de maneira nenhuma: nem pelo Céu, que é o trono de Deus, nem pela Terra, que é o estrado dos seus pés, nem por Jerusalém, que é a cidade do grande Rei. Não jures pela tua cabeça, porque não tens poder de tornar um só dos teus cabelos branco ou preto. Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal.»


Jesus sempre abria mais o horizonte para a plenitude do ser humano.Assim resulta das suas palavras:"Ouvistes o que foi dito aos antigos.Eu porém digo-vos.".

À mensagem das proibições juntava o que o AMOR pela positiva podia trazer de enriquecimento à vida das pessoas. E sujeitava mesmo o culto a essa abertura de coração.


06 fevereiro 2011

V DOMINGO DO TEMPO COMUM


Evangelho segundo S. Mateus 5,13-16.

«Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.»


Jesus disse como somos o sal da terra no código do cristão,proclamado na montanha:desprendidos,misericordiosos,ávidos de justiça,compadecidos,promotores da paz,de coração limpo,preferindo a perseguição à renúncia de identidade.

Só assim a nossa luz poderá atraír para Cristo.

30 janeiro 2011

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM

(Tissot)
Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12.

Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»



Para sermos felizes assim,ao arrepio do mundo,leva uma vida a compreender que não há mesmo outra forma.

23 janeiro 2011

III DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tintotetto
Evangelho segundo S. Mateus 4,12-23

Tendo ouvido dizer que João fora preso, Jesus retirou-se para a Galileia. Depois, abandonando Nazaré, foi habitar em Cafarnaúm, cidade situada à beira-mar, na região de Zabulão e Neftali, para que se cumprisse o que o profeta Isaías anunciara: Terra de Zabulão e Neftali, caminho do mar, região de além do Jordão, Galileia dos gentios. O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; e aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz. A partir desse momento, Jesus começou a pregar, dizendo: «Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu.» Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no. Depois, começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades.



Ressalta deste Evangelho como não era instalada a vida de Jesus e dos apóstolos...eles saiam dos seus trâmites de vida habitual com plena disponibilidade ,para alargar as dimensões do Reino,para libertar ,ajudar e curar em todas as dimensões.

O caminho para a unidade passa também por saltarmos os redutos da nossa instalação centenária,milenar para chegarmos , em comunhão , a casa do Pai, praticando todo o bem pelo caminho.

Porque o Senhor está vivo.Nós continuamos a viver o Evangelho com Ele.

16 janeiro 2011

II DOMINGO DO TEMPO COMUM


Evangelho segundo S. João 1,29-34.

No dia seguinte, ao ver Jesus, que se dirigia para ele, exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! É aquele de quem eu disse: 'Depois de mim vem um homem que me passou à frente, porque existia antes de mim.' Eu não o conhecia bem; mas foi para Ele se manifestar a Israel que eu vim baptizar com água.» E João testemunhou: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele. E eu não o conhecia, mas quem me enviou a baptizar com água é que me disse: 'Aquele sobre quem vires descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo'. Pois bem: eu vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus.»


Jesus foi ao encontro de João.Jesus caminha sempre ao nosso encontro.Assim o preceito do "Shema" também estivesse sempre presente para escutarmos o que Jesus e os que testemunharam a Seu respeito nos têm para dizer.

09 janeiro 2011

BAPTISMO DO SENHOR


Evangelho segundo S. Mateus 3,13-17.

Então, veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser baptizado por ele. João opunha-se, dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por ti, e Tu vens a mim?» Jesus, porém, respondeu-lhe: «Deixa por agora. Convém que cumpramos assim toda a justiça.» João, então, concordou. Uma vez baptizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado.»

Baptizados,inocentes,como Jesus,para ficarmos marcados com o selo do Espírito,não o continuamos a ser,assim o nosso baptismo deve continuar pela vida fora em contínuo processo de crescimento e de conversão.

02 janeiro 2011

A EPIFANIA DO SENHOR

(Domingos António de Sequeira - pintor português do século XVII)

Evangelho segundo S. Mateus 2,1-12.

Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, chegaram a Jerusalém uns magos vindos do Oriente. E perguntaram: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.» Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele. E, reunindo todos os sumos sacerdotes e escribas do povo, perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as principais cidades da Judeia; porque de ti vai sair o Príncipe que há-de apascentar o meu povo de Israel.» Então Herodes mandou chamar secretamente os magos e pediu-lhes informações exactas sobre a data em que a estrela lhes tinha aparecido. E, enviando-os a Belém, disse-lhes: «Ide e informai-vos cuidadosamente acerca do menino; e, depois de o encontrardes, vinde comunicar-mo para eu ir também prestar-lhe homenagem.» Depois de ter ouvido o rei, os magos puseram-se a caminho. E a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando ao lugar onde estava o menino, parou. Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonhos para não voltarem junto de Herodes, regressaram ao seu país por outro caminho.


Para os que vinham de tão longe, de coração aberto e desprovido a alegria de chegar ao Menino foi completa,para o poder a possibilidade de concorrência foi causa de perturbação e desígnios de morte.